Preços continuam a subir no mês de janeiro mais caro da última década

O índice de preços no consumidor (IPC) evoluiu 0,6 pontos percentuais em janeiro, face a dezembro, ficando 3,3% acima da taxa verificada em janeiro de 2021.

Categoria: Estatística

O IPC, que tem como base do índice 100 os preços de 2012, atingiu praticamente 107 pontos em janeiro deste ano – o valor mais alto da década, que resulta da aceleração de 2,4% da inflação subjacente (exclui os produtos energéticos e os produtos alimentares não transformados). A variação homóloga dos produtos energéticos foi de 12,1% e a dos produtos alimentares não transformados aumentou 3,4%.

Numa análise às classes de produtos do IPC cuja despesa mais aumentou em janeiro face a dezembro, destacam-se os “acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação” (2,45%), os “bens alimentares e bebidas não alcoólicas” (1,31%) e a “habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis” (1,45%).

Olhando para o IPC, que atingiu 106,9 em janeiro, isto significa que os preços já evoluíram quase 7% desde o índice de base 100, no ano de 2012. A trajetória não foi sempre linear, existindo meses de janeiro onde ficou abaixo do homólogo do ano anterior, como em 2015 – ainda assim inferior ao deste ano.

E há variações nos produtos que compõe o índice. Em janeiro de 2015, por exemplo, a classe dos “acessórios para o lar, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação ” estava em baixa, ao contrário deste ano.

ALIMENTOS E BEBIDAS

Entre o que mais subiu em janeiro, estão “bebidas alcoólicas e tabaco” (+27% face a 2012) e “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, que subiram quase 11%. Comparando com janeiro do ano passado, os alimentos desta categoria subiram 4%, puxados pelos preços dos óleos e gorduras, carne, peixe, produtos hortícolas e café, chá e cacau.

Em janeiro de 2021, a taxa de variação dos produtos energéticos estava em queda (-4,38%), este ano aumentou 12,1%. O IPC desta categoria estava, em janeiro, 3% acima de dezembro e quase 10% acima do índice 100, de 2012.